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Ameixeira Africana (Pygeum africanum

 

Pygeum africanum pode ser encontrada ao longo de toda a África, sendo utilizada como planta medicinal na Europa desde 1960.

 

As propriedades terapêuticas desta planta são, fundamentalmente, relevantes para os homens, uma vez que é direcionada para o bom funcionamento do sistema urinário e da próstata.

 

São muitos os estudos clínicos que comprovam a elevada eficácia de Pygeum africanum. 

É bastante útil na prevenção e no tratamento de patologias prostáticas, especialmente a Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP). Reduz os sintomas característicos desta doença, sobretudo os que ocorrem ao nível do trato urinário inferior. [1]

 

Pygeum africanum atua inibindo a atividade da 5-alfa-redutase (enzima responsável pela metabolização da testosterona em dihidrotestosterona - DHT). [1]

Os componentes ativos de maior relevância clínica são o docosanol, beta-sitosterol, tetracosanol, triterpenos (ácido ursólico) e ácidos gordos (palmítico, linoleico, oleico, esteárico, entre outros).

 

A ação anti-inflamatória desta planta deve-se, essencialmente, ao seu conteúdo em beta-sitosterol. Este inibe a produção de prostaglandinas e leucotrienos, que são os principais mediadores da inflamação. É eficaz nos casos de prostatite e outras inflamações do sistema urinário. [2]

Os triterpenos são responsáveis pelo efeito anti edematoso (reduz o edema).

 

Pygeum africanum apresenta, ainda, uma ação antiespasmódica, pois melhora a contractilidade do músculo da bexiga, impedindo a ocorrência de espasmos neste órgão. Isto faz com que ocorra uma melhoria em alguns sintomas mais incomodativos e causadores de um grande desconforto urinário. [1, 3]

 

Segundo estudos clínicos, alivia a disúria (dor durante a micção) e melhora, de forma significativa, o fluxo urinário máximo, a polaciúria (aumento do número de micções com diminuição do volume de urina), a nictúria (volume de urina aumentado durante a noite) e a urgência na micção (vontade súbita e inadiável de urinar). [3, 4]

Ocorre, também, uma redução do volume residual de urina (evitando o aparecimento de infeções urinárias recorrentes) e da frequência urinária, quer durante o dia (polaquiúria) quer durante a noite (noctúria).

Pygeum africanum contribui, assim, para a qualidade de vida destes doentes. [3, 4]

 

Com a utilização desta planta, verifica-se um aumento da atividade secretória da próstata e da vesícula seminal. A sua utilização pode ser importante nos casos de infertilidade masculina, pois contribui para a melhoria da qualidade do sémen. Ajuda, ainda, a combater a disfunção erétil. [1]

 

Pygeum africanum apresenta uma ação anti-séptica e diurética.

 

As propriedades terapêuticas desta planta podem ser potencializadas pelo seu uso, em simultâneo, com outras plantas. Serenoa repens é uma das plantas mais utilizada juntamente com Pygeum africanum, no tratamento de doenças da próstata e do aparelho urinário, com resultados clínicos muito benéficos.

 

Referências:

[1] Roehrborn C. Lower Urinary Tract Symptoms, Benign Prostatic Hyperplasia, Erectile Dysfunction, and Phosphodiesterase-5 Inhibitors. Reviews in Urology. 2004; 6 (3): 121-127.

[2] Paubert-Braquet M., Cave A., Hocquemiller R., Delacroix D., Dupont C., Hedef N., Borgeat P. Effect of Pygeum africanum extract on A23187-stimulated production of lipoxygenase metabolites from human polymorphonuclear cells. J Lipid Mediat Cell Signal. 1994; 9 (3): 285-290.

[3] Dedhia RC., Calhoun E., McVary KT. Impact of phytotherapy on utility scores for 5 benign prostatic hyperplasia/lower urinary tract symptoms health states. J Urol. 2008; 179 (1): 220-225.

[4] Breza J., et al. Efficacy and acceptability of tadenan (Pygeum africanum extract) in the treatment of benign prostatic hyperplasia (BPH): a multicentre trial in central Europe. Curr Med Res Opin. 1998; 14 (3): 127-139.

 

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